"No dia em que a flor de lótus desabrochou
A minha mente vagava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.
Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura
Tinha desabrochado no fundo do meu coração. "

Rabindranath Tagore








segunda-feira, 9 de janeiro de 2012





Ela olhava o mundo da sua janela. Grandes muros protegendo pessoas, guardando coisas emoldurando títulos. Gente importante com medo de tudo. Doenças da alma e do corpo bagunçando aquele mundo de ouro. Sorriu diante da própria insanidade. Colecionadora de miniaturas sem armários, sem trancas, sem cercas. Era tudo espalhado pela casa, pelo gramado. Emoções penduradas em cortinas, flores, sorrisos, abraços, decoravam a casa. Tudo tão simplório e ao mesmo tempo tão sólido, tão livre e tão seu. A terra, as flores, o cheiro de café, tudo parte dela, pedaço do que era. Plena, repleta. 


Um comentário:

Anônimo disse...

Essa foto me toca muito tem um significado muito epecial para mim...sempre que a vejo morro um pouco...bj..boa noite.