"No dia em que a flor de lótus desabrochou
A minha mente vagava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.
Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura
Tinha desabrochado no fundo do meu coração. "

Rabindranath Tagore








sábado, 20 de abril de 2013







E eu poderia começar falando da maneira única e especial como ele me trata. Ou das diversas vezes que me salvou de mim mesma. Poderia falar de quando nos conhecemos...e de como todos o enxergavam.
Sua maneira de viver, um verdadeiro guerreiro. Lutando contra deuses e demônios. Guerreando e vencendo sempre.
Muitos não viram que por trás daquela armadura toda havia uma pessoa maravilhosa, única e especial.
Não perceberam que ali batia um coração...e que a única coisa que ele precisava era carinho e atenção.
Mas eu fiz mais. Eu aprendi a amá-lo. Com todas as suas qualidades e defeitos.
 Seus defeitos? -Únicos! O tornam especial. O tornam único.
Por isso o amo mais e mais.

Quero que saiba que é você quem colori meus dias.
É você que me alegra e me traz calmaria.
É o seu conselho que eu sigo. É do seu abraço que eu preciso.
Quero sua companhia e seu aconchego. 
Preciso de você todos os dias desde que te conheci.
É para você meus sorrisos.
É para você meu carinho.
É para você meu amor.

Flor



quarta-feira, 17 de abril de 2013





"É loucura descrer em todo amor porque um deles te foi infiel. É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo. Espero que na tua caminhada não cometas estas loucuras. Lembrando que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Para todo fim, um recomeço."

Antoine de Saint Exupéry


Obrigada por existir.




quinta-feira, 11 de abril de 2013





"(…)Nunca pretendi ser senão um sonhador. A quem me falou de viver nunca prestei atenção.
Pertenci sempre ao que não está onde estou e ao que nunca pude ser.
Tudo o que não é meu, por baixo que seja, teve sempre poesia para mim.
Nunca amei senão coisa nenhuma. Nunca desejei senão o que não podia imaginar.(…)"




Bernardo Soares
in Livro do Desassossego




quarta-feira, 10 de abril de 2013







"Perdoa-me, folha seca, não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo, e até do amor me perdi.

De que serviu tecer flores pelas areias do chão,
se havia gente dormindo sobre o próprio coração?

E não pude levantá-la! Choro pelo que não fiz.
 E pela minha fraqueza é que sou triste e infeliz.
 Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão velando e rogando áqueles que não se levantarão...

Tu és a folha de outono voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade - a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento, menos que as folhas do chão..."


Cecília Meirelles



segunda-feira, 8 de abril de 2013





"Abraça-me. Quero ouvir o vento que vem da tua pele, e ver o sol nascer do intenso calor dos nossos corpos. Quando me perfumo assim, em ti, nada existe a não ser este relâmpago feliz, esta maçã azul que foi colhida na palidez de todos os caminhos, e que ambos mordemos para provar o sabor que tem a carne incandescente das estrelas. Abraça-me. Veste o meu corpo de ti, para que em ti eu possa buscar o sentido dos sentidos, o sentido da vida. Procura-me com os teus antigos braços de criança, para desamarrar em mim a eternidade, essa soma formidável de todos os momentos livres que a um e a outro pertenceram. Abraça-me. Quero morrer de ti em mim, espantado de amor. Dá-me a beber, antes, a água dos teus beijos, para que possa levá-la comigo e oferecê-la aos astros pequeninos. 
Só essa água fará reconhecer o mais profundo, o mais intenso amor do universo, e eu quero que delem fiquem a saber até as estrelas mais antigas e brilhantes. 
Abraça-me. Uma vez só. Uma vez mais. 
Uma vez que nem sei se tu existes". 




Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum' 



segunda-feira, 1 de abril de 2013








"Não importa como você olha, a vida é estranha. Muito estranha. Por exemplo: é um fato inquestionável que somos todos feitos exatamente da mesma substância das formas de vida mais inteligentes, criativas e magníficas do Universo. Isso inclui batatas, lesmas e suflê de chuchu, o que talvez explique por que tantas coisas na vida não fazem sentido. Para começar, por que nos impressionamos e ficamos tão obcecados com coisas e feitos de grandes dimensões, quando na verdade são coisas pequeninhas que, combinadas, tornam as grandes coisas possíveis? Por que tentamos criar nossos próprios mundinhos para ter a ilusão de que controlamos completamente nossa existência, quando sabemos muito bem que não controlamos? Por que afirmamos a toda hora que a individualidade é a essência da nossa maneira de ser, e depois aceitamos um grau degradante de conformismo em quase todos os aspectos das nossas vidas? Por que as crianças acreditam em fadas e “gente grande” não? E por que nos grilamos tanto com as nossas discordâncias, quando de fato são as nossas diferenças que tornam a vida interessante? Afinal, se metade do mundo está sempre de cabeça para baixo, seria impossível todos concordarem sobre tudo. Mesmo algo tão básico e profundo como “não mastigue com a boca aberta” é uma regra menos universal do que você poderia imaginar.

Por que será que quando as paixões se inflamam a gente opta por discutir e brigar, se quando dançar um ‘chá-chá-chá’ é muito menos estressante, muito mais agradável e alivia a tensão do mesmo jeito? Por que gostamos de sentir que somos membros de uma espécie, e ao mesmo tempo construímos tantas barreiras defensivas em torno dos nossos sentimentos que nunca conseguimos ser realmente próximos de alguém? Talvez a confusão exista porque a vida nem sempre é o que parece. Como espécie, somos obcecados pela aparência. Usamos filtros para só ver o que queremos ver. Quando finalmente abrimos os olhos, podemos nos chocar com o modo obscuro com que olhávamos o mundo de acordo com nossos planos mesquinhos. Sem os filtros, você pode olhar com mais clareza para você mesmo e fazer perguntas objetivas sobre o universo e o seu lugar nele. Em outras palavras, investigar o sentido da vida. Afinal, do que se trata a vida? Bem, já se ouviu muito que a vida é uma viagem. Mas uma viagem para onde, exatamente?

Há quem diga que o sentido da vida é adquirir sabedoria. Se isso é verdade, por que os sábios costumam se vestir tão mal? Outros dizem que a vida não tem sentido. Que a vida apenas “é”. Coisa profunda. E há os que digam que só estamos no mundo para ter uma família. Afinal, a necessidade de deixar descendentes em seu lugar está no mapa genético de todo o ser vivo. No entanto, isto significa que toda a nossa existência é determinada pelo impulso sexual. Tudo bem, um fim de semana prolongado pode ser, mas toda a nossa existência? Sei não. Aliás, chegue um pouco mais perto, tenho um segredo para lhe contar… TODA ESTA CONVERSA É COMPLETAMENTE IMBECIL!

O único tema que ressoa em todas as muitas teorias populares sobre a vida é o amor. O amor, em todas as suas frágeis formas, é a força poderosa e duradoura que dá sentido real a todos as vidas. Claro que não estou falando do amor romântico, tipo “beijinho-beijinho”, embora este também seja uma força poderosa. É sabido que um coração partido dói muito mais do que suco de limão num corte no dedo feito com papel. Mas o amor a que me refiro é o fogo que queima dentro de cada um, o calor interno que impede a nossa alma de congelar nos invernos de desesperança. E o amor à vida em si. É a voz que diz: “Celebre a vida, seja criativo!” E traz a paixão e a compreensão de que, se há coisas pelas quais vale a pena morrer, há muito mais coisas pelas quais viver. É o que nos encoraja a receber cada novo momento como se recebe um velho amigo no aeroporto, a abraçar cada nova oportunidade de expressar a nossa felicidade por estar vivo. Este amor à vida nos leva a ajudar os outros simplesmente porque nos sentimos bem fazendo isto. Todos sabemos como é maravilhoso se sentir confiável e dar apoio a familiares e amigos (claro, dentro de certos limites). Mas, por mais que soe verdadeiro falar que “estamos aqui para viver a vida que amamos”, isto ainda traz um monte de perguntas pegajosas.

Especificamente: por que, exatamente, você está aqui? O que você ama de verdade?
Quem não se faz essas perguntas invariavelmente passa a vida sem saber por que ela não é muito mais divertida. Muitas vezes se sente como se tivesse sido deixado para trás, ou não sabe como explicar, mas sente que alguma coisa simplesmente não cheira bem. A verdade é que frequentemente nos concentramos tanto no que estamos fazendo que não vemos para onde estamos indo. Mas o que estamos fazendo, afinal? O mundo moderno está cheio de distrações, metas e prioridades discutíveis. O dia e a noite se confundem. Somos impelidos por uma avalanche de medos e desejos para uma corrida que não podemos vencer. E corremos, corremos, corremos para chegar a um ponto ideal nas nossas vidas e… E o que? É como ir ao supermercado, sair do carro e esquecer o que você tinha ido comprar. Tantas vezes começamos sonhando com uma vida maravilhosa, selvagem e livre que geralmente é muito distante da que acabamos levando. E o triste é que quase sempre descobrimos isso tarde demais, quando é impossível recomeçar. E, acredite, existem algumas sensações terríveis neste mundo. Como a culpa por ter passado o dia inteiro sem fazer nada, ou o arrependimento por não ter ajudado um amigo num momento difícil, e vergonha do tipo “não acredito que eu fiz aquilo no nosso primeiro encontro!”. Mas, de todas as sensações que deixam você doente, nenhuma é pior do que saber que teve a oportunidade de fazer o que ama de verdade e não aproveitou. […] 




Bradley Trevor Greive