"No dia em que a flor de lótus desabrochou
A minha mente vagava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.
Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura
Tinha desabrochado no fundo do meu coração. "

Rabindranath Tagore








terça-feira, 4 de dezembro de 2012





"Gosto do brilho dos teus olhos, dos teus tormentos, dos teus demônios,
da profundeza da tua alma, dos teus mergulhos e teus delírios.
Do teu jeito de encontrar tesouros na escuridão.

Gosto das tuas ideias, teus pensamentos, da tua contradição.
Gosto dos teus equívocos, dos teus espantos e do teu desejo de ir além.
Gosto dos teus temperos, teus desatinos, da tua ira, tua loucura,
dos teus escudos, tuas esquivas. Da sensibilidade que é tua cura, que te envenena,
que te mata e fortalece, que te faz ser mais.

Gosto do teu gosto, do teu gozo, do teu sexo, dos teus cheiros,
da tua pele em carne viva que sangra, que grita e vibra.
Gosto da tua língua, teu idioma, da força das tuas verdades, dos teus enredos,
tuas mentiras, tua maldade. Gosto dos teus sentidos, dos teus opostos,
das tuas lutas, tua coragem, teu santo forte, tua lealdade,
do jeito fiel de seguir teu coração. Gosto dos motivos por que gosto de ti."


Andréa Beheregaray


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