"No dia em que a flor de lótus desabrochou
A minha mente vagava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.
Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura
Tinha desabrochado no fundo do meu coração. "

Rabindranath Tagore








terça-feira, 31 de janeiro de 2012




"Quando ela se vê no meio do sonho, sente as borboletas chegando. Respira, respira novamente. Até alivia entre um suspiro e outro, mas logo vêm todos aqueles sintomas que são típicos da dona ansiedade. E ela já não consegue parar de pensar no que está por vir. Ela gosta, sente, planeja, vive cada segundo. Mas as borboletas já se instalaram, e estão lá no estômago revirando tudo. E resta se acostumar com o alvoroço, com a falta de ar, com a cabeça rodando. Faz parte. Ela sabe. Só precisa aprender a lidar com tantos sentimentos em ebulição. Ela não reclama. Sorri. Mas o aperto precisa ser aliviado, e lá vai ela dar os trezentos suspiros, para encher o peito e seguir direitinho o que Rita, a Apoena, sugere: 'Quando estiver bem levinho, solte as amarras e flutue'."


*uma amizade que recebo de presente

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