"No dia em que a flor de lótus desabrochou
A minha mente vagava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.
Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura
Tinha desabrochado no fundo do meu coração. "

Rabindranath Tagore








segunda-feira, 5 de dezembro de 2011





A vida não estava doce como ela queria, mas sabia que tudo tinha a ver com paciência e fé. Usava sorrisos alheios para enfeitar seu rosto cheio de cicatrizes, como se estivesse tudo bem. As coisas estavam caindo e ela respirava, contava até três, usava mil métodos pra tentar fazer com que as coisas melhorassem. Lia Caio, inventava histórias, e aos poucos ia se afastando do que é, realmente, o mundo. Foi viver em outro lugar, onde não garoa o tempo tudo, onde há chá da tarde e uma sala com livros e sua poltrona preferida de veludo. Nesse mundo havia aquarela, não precisava esperar a chuva passar pra poder criar um arco-íris. E a vida tentava dar uns pontapés nela, mas era fácil contar até três… então repetia o que Caio ensinou “que seja doce, que seja doce, que seja doce”. E as coisas começavam a ser doces. 

                                                                                                                  Cometobelieeve

Um comentário:

Anônimo disse...

È isso ai, que seja infinitamente doce.

Beijocas com estalos.