De repente, ficamos sem assunto. Foi uma espécie de tontura do amor.
Ela voltou, mas com reservas. Estou em observação. Preciso evitar o improviso.
Fui-me embora da conversa. Não tinha mais o que dizer. Passou da hora de agarrá-la.
Fui-me embora da conversa. Não tinha mais o que dizer. Passou da hora de agarrá-la.
Delícia, que palavra bonita. Assim como doçura. Um abuso.
Bem no ponto, onde há o toque. Mesmo que não toque de fato, apenas chegue.
Uma floresta se insurge e estende as ramas por toda a cama no momento
em que existe o esplendor da trama por muito tempo tecida.
em que existe o esplendor da trama por muito tempo tecida.
Só em dizer já fico sereno. Tua respiração me aguarda, suspensa.
Tenho um som grave de trilhos ainda mudos. Preciso do teu vento no sino.
Tenho um som grave de trilhos ainda mudos. Preciso do teu vento no sino.
Foi me aproximar para ela fugir. Tem medo que eu fale o que não devo.
Mas amor é segredo que nenhuma voz atende.
Mas amor é segredo que nenhuma voz atende.
Dê um tempo. Meu sonho cabe nele inteiro.
Não te entendo. Teu palavrão não cabe em tuas virtudes.
Talvez sejam meus ouvidos, reinados em confessionários.
Talvez sejam meus ouvidos, reinados em confessionários.
Ou então és pagã e só comigo és santa.
Não me fale em Deus se tens curvas, disse o ermitão em seu atraso.
Ela faz o contrário, para te manter no azeite quente. Te frita e depois te põe a secar.
Voltei no tempo. Vinhas avançando, mas não me viste. Foi rápido demais, não deu tempo.
2 comentários:
Nossa, Sublime tuas palavras...Parabéns querida!
Maravilhoso!
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